Desvendando o Pós-impressionismo

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Paul Cézanne

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839 e morreu na mesma cidade em 22 de outubro de 1906.Na pintura, ele foi consideradom o mais velho dos Pós-Impressionistas.Especializando-se em fazer “naturezas-mortas”, Cézanne buscou trazer à vista o que é permanente, estando aquém do que pode ser acidental. Entre suas obras destacam-se Fruteira, Copo e Maçãs, no qual a preocupação com o “sólido e durável” era sua temática.Cézanne pertencia a uma família tradicional e seu pai, banqueiro e autoritário, não aceitava a idéia do filho ser artista, mas com a ajuda de sua mãe o pai acabou cedendo os seus desejos.Cézanne estava fazendo  faculdade de Direito e logo depois resolveu viajar para Paris, em 1861, para aperfeiçoar melhor os seus estudos na pintura.Após seis meses, ele retorna a Aix e começa a trabalhar no banco do seu pai.Descontente com sua vida, largou o trabalho e voltou a Paris em 1862, quando passou a receber dinheiro do pai para se manter. Porém, não havia espaço para pintores inovadores em meio à arte acadêmica de Paris. Cézanne foi diversas vezes recusado no Salão Oficial, além de ser reprovado nos exames de ingresso na Escola de Belas Artes de Paris. Isto só veio a agravar sua instabilidade emocional, que o fazia voltar freqüentemente a Aix. Mesmo conhecendo vários artistas, seu modo de ser, irritadiço, tímido e aborrecido, impediu-o de travar relações duráveis com os grupos parisienses, fazendo com que o seu isolamento se tornasse cada vez maior. Em 1886 seu pai faleceu,onde ele passa a viver ainda mais isolado, obstinado em sua busca artística, contrariado com certas opiniões e depressivo. A personalidade anti-social do artista fica visível nas obras em que trata personagens humanos, como em Mulher com cafeteira, na qual a frieza e a rigidez da mulher a aproxima da própria figura da cafeteira.Mesmo nas obras do período em que esteve junto aos impressionistas, em 1872, é o aspecto solitário das pesquisas de Cézanne que salta aos olhos, a sua singularidade e a dificuldade de aquietar-se com os ideais artísticos de um grupo.O Impressionismo tomava a natureza pelo seu aspecto passageiro e traduzia-a em termos óticos, efeitos de luz e cor. Essa concepção efêmera da natureza não condizia com o pensamento de Cézanne. Por volta de 1878 ele afastou-se dos impressionistas para buscar a permanência da natureza através de sua estrutura construtiva. Começou a desenvolver seu próprio estilo, atento ao aspecto bidimensional da pintura. Cézanne não cria a ilusão do espaço, mas o constrói com objetos, na solidez de suas formas e volumes simplificados em sua essência geométrica. Afirmava que "tudo na natureza se modela como a esfera, o cone e o cilindro", tornando volume e espaço um só corpo estrutural. A cor modela a forma, como podemos observar em Natureza morta com maçãs e laranjas, e a pincelada constrói a cor, como podemos ver em Pirâmide de crânios.Se crises depressivas acompanharam Cézanne por toda sua vida, foi sem dúvida a persistência, forte marca de sua personalidade, uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento de sua genialidade artística. Sua pintura, que costuma ser enquadrado entre os pós-impressionistas, abriu novos caminhos para a arte do século XX, e trouxe uma nova concepção de percepção da realidade. Em obras como A montanha de Saint Victoire, o artista prenuncia as pesquisas do Cubismo.



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